Todo ano, há 20 mil novos casos de câncer de estômago, que é o quarto tipo mais fatal de câncer. Em 50% dos casos, ele é diagnosticado em situações nas quais a cura é difícil. A maior parte dos pacientes atingidos são homens e 60% têm mais de 65 anos. O câncer de estômago se desenvolve lentamente durante muitos anos e, antes de aparecer, ocorrem alterações pré-cancerosas no revestimento interno do órgão. Por isso, é importante saber quais são os fatores de risco do câncer de estômago para evitá-los e diminuir as chances de desenvolver a doença.
POSSÍVEIS CAUSAS E FATORES DE RISCO DE CÂNCER DE ESTÔMAGO
Apesar de ainda não ter causa conhecida, alguns fatores podem aumentar o risco de câncer de estômago:
- Excesso de peso e obesidade;
- Consumo de álcool;
- Consumo excessivo de sal;
- Tabagismo;
- Ingestão de água com alta concentração de nitrato;
- Lesões pré-cancerosas, como gastrite atrófica e metaplasia intestinal, e infecções pela bactéria H. pylori;
- Trabalhar exposto à radiação ionizante, como raios X e gama, em indústrias ou em instituições médicas;
- Exposição de trabalhadores rurais a agrotóxicos;
- Trabalhar exposto a vários compostos químicos, muitos classificados como cancerígenos, como benzeno, óleos minerais, produtos de alcatrão de hulha, compostos de zinco e pigmentos;
- Histórico familiar de câncer de estômago.
SINAIS E SINTOMAS MAIS FREQUENTES DO CÂNCER DE ESTÔMAGO
Na fase inicial, o câncer de estômago não costuma apresentar sinais e sintomas. Quando ocorrem, os mais comuns são:
- Repetidos episódios de indigestão;
- Perda de apetite;
- Dificuldades para engolir;
- Perda de peso;
- Inchaço abdominal após as refeições;
- Náuseas constantes;
- Azia persistente;
- Sangue nas fezes ou fezes escuras demais.
Atenção: esses sinais e sintomas não são específicos, e podem ser provocados por vários problemas de saúde. A maioria das pessoas que os apresentam não tem câncer de estômago, mas é importante conversar com um médico o quanto antes para investigar e tratar as causas.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE ESTÔMAGO
O diagnóstico do câncer de estômago só é possível por meio de uma biópsia. Geralmente ela é feita durante uma endoscopia, procedimento que é feito por um médico gastroenterologista, que introduz pela boca do paciente um tubo fino contendo uma câmera na extremidade que desce pelo esôfago até atingir o estômago. Com esse aparelho, o médico é capaz de visualizar o interior do estômago e colher uma pequena amostra de tecido para ser examinada.
Se o diagnóstico do câncer de estômago for confirmado, o médico vai pedir outros exames, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para verificar o estágio da doença.
COMO O CÂNCER DE ESTÔMAGO SE DESENVOLVE
O processo começa na primeira camada do estômago, a mucosa. Conforme o tumor cresce, ele vai se instalando nas camadas seguintes até ultrapassar as paredes do estômago e alcançar órgãos próximos, como o pâncreas e o baço.
Depois, ele pode atingir os gânglios linfáticos mais próximos e se instalar em locais mais distantes por meio da corrente sanguínea, dando origem a metástases.
TRATAMENTOS DO CÂNCER DE ESTÔMAGO
O tratamento a ser aplicado depende da evolução do câncer. Quanto antes o diagnóstico é feito, maior a chance de cura.
Cirurgia – é o método de tratamento mais importante. A extensão da operação vai depender de quanto e para onde o tumor se espalhou. Quando o tumor está restrito ao estômago, pode ser completamente removido cirurgicamente, com uma gastrectomia total ou parcial (retirada total ou parcial do estômago). Quando o tumor já atingiu outras estruturas, a cirurgia pode incluir a remoção de partes do pâncreas, baço ou fígado.
Radioterapia – costuma ser a opção de tratamento após a cirurgia, quando o tumor não pôde ser completamente extraído. É possível também ser empregado para diminuir tumores que estão atrapalhando a digestão, aliviar dores e sangramentos.
Quimioterapia – até o momento, não tem apresentado bons resultados na maioria dos casos de câncer no estágio inicial. Mas, em pessoas com metástase, ela pode aumentar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. Algumas drogas novas estão em fase de testes, assim como o uso combinado de algumas já conhecidas.
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